A exploração das profundezas do mar é desde sempre “surpreendente”, mas suscitou ainda mais perplexidade quando, em 1977, se descobriu a primeira fonte hidrotermal, nas Galápagos. Tratava-se de um ecossistema completamente novo para a ciência que deixou todos radiantes com a diversidade biológica excepcional que encerrava, em condições extremas para a vida na Terra.
Alguns anos mais tarde, soube-se que o arquipélago dos Açores é um privilegiado neste campo e que a sua riqueza marinha ia muito para além dos abundantes bancos de peixe. Em 1993, a 1700 metros de profundidade, encontrou-se a Lucky Strike, a maior área hidrotermal activa que se conhece, com 21 chaminés activas e fluídos que atingem os 330 graus Celsius.
Com a passagem do tempo e o trabalho de investigação do Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP) da Universidade dos Açores (UAç), outras fontes hidrotermais de grande profundidade foram encontradas, como Menez Gwen, Rainbow, Saldanha, Ewan e, mais recentemente, Bubbylon.
Fonte: Ciência Hoje