Alguns glaciares que se encontram na cordilheira Karakoram, a oeste dos Himalaias (Ásia), estão a ganhar massa, em vez de perder, ao contrário da tendência global. Os cientistas ainda não conseguiram explicar por que razão isto está a acontecer. Pouco estudados, estes glaciares são muito importantes, pois são uma fonte de água potável para milhões de pessoas.
Os cientistas do Centro Nacional de Investigação Científica francês e da Universidade de Grenoble compararam dois modelos de elevações sobre a superfície da terra obtidos a partir de observações por satélites, um de 1999 e o outro de 2008. As conclusões estão publicadas na «Nature Geoscience».
O método que a equipa utilizou para medir e comparar o volume de gelo sobre a cordilheira é complexo. Citada pela BBC, Julie Gardelle, coordenadora do estudo, explica que este método “não é usado com mais frequência porque os modelos de elevações são difíceis de conseguir. São necessárias condições como céu limpo e camadas reduzidas de neve”.
As órbitas dos planetas dos sistemas solares espalhados por todo o Universo estão alinhadas, tal como acontece no nosso sistema solar – concluiu uma equipa de cientistas do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto e do Observatório de Genebra, na Suíça.
Se colocássemos o Sol no tampo de uma mesa, todos os planetas que o orbitam também estariam em cima do tampo. Não andariam uns por baixo do tampo e outros muito acima. Com os planetas de outros sistemas solares passa-se então o mesmo.
A equipa chegou a este resultado depois de analisar dados recolhidos com um telescópio em La Silla, no Chile, onde está instalado um instrumento de procura de planetas noutros sistemas solares, ou extra-solares, através da detecção de pequenas variações na velocidade de uma estrela provocadas pelo movimento desses planetas à sua volta. Esse instrumento, o Harps, é capaz de detectar variações até um mínimo de quatro quilómetros por hora na velocidade de uma estrela, a rapidez com que normalmente uma pessoa caminha.
Investigadores da Universidade de Bristol sugerem que as reservas de ouro e outros metais preciosos presentes na Terra são o resultado do bombardeamento de meteoritos. Esta investigação foi publicada na revista Nature.
Durante a formação do nosso planeta o ferro afundou-se para o seu interior originando o núcleo terrestre. Com o ferro foram arrastados a maioria dos metais preciosos da Terra como o ouro e a platina. Os metais preciosos presentes no núcleo davam para cobrir toda a superfície terrestre com uma camada de 4 metros de espessura.
Apesar deste fenómeno, muitos destes metais são surpreendentemente abundantes em partes acessíveis do planeta. Uma teoria avança que os metais preciosos foram transportados para a Terra através de um fluxo de meteoritos que atingiu o planeta após a formação do núcleo.
As populações de abelhas têm sofrido declínios preocupantes em resultado de diversos problemas que têm vindo a ser averiguados e discutidos, mas muitos acreditam que os pesticidas são um problema muito significativo.
Um grupo de investigação no Reino Unido e França sugere, através de um recente estudo, sugere que insecticidas comuns estão a danificar a capacidade de mobilidade das abelhas e a reduzir os números de Abelhas-rainha. Este estudo abordou o efeito dos neonicotinoides, uma classe de insecticidas utilizada nos campos agrícolas e jardins, em mais de 100 países.
Os resultados indicam que estes insecticidas são responsáveis pela quebra de 85% na produção de Abelhas-rainha e que as colmeias ficam com uma produtividade limitada devido à perda de capacidade de mobilidade das abelhas. Este trabalho indica ainda que o declínio das populações de abelhas está a reduzir a produtividade das culturas em muitos países, com elevados prejuízos económicos.
Estes insecticidas são frequentemente aplicados directamente nas sementes e ficam presentes nas plantas ao longo do seu desenvolvimento, acabando por entrar no pólen e no néctar que as abelhas recolhem, sendo assim que são afectadas.
Devido aos seus ancestrais hábitos arborícolas, este felino domesticado tem várias adaptações que lhe permitem cair “de pé”, reduzir a velocidade de queda e amortecer o impacto ao chegar ao solo.
É do conhecimento comum que os gatos domésticos são capazes de grandes proezas acrobáticas ao conseguir cair de alturas que matariam qualquer pessoa, aterrando de pé e, frequentemente, quase sem se lesionarem.
Com efeito, um estudo realizado numa clínica em Nova Iorque revelou que dos 132 felinos que entraram após quedas consideráveis, 90% sobreviveram e apenas 37% necessitaram de cuidados de emergência, destacando-se o caso de um animal que caiu de uma altura de 32 andares e apenas lascou um dente e colapsou um pulmão, o que exigiu apenas um internamento de 48 horas.
O crescimento é um fenómeno doloroso? Perguntem ao Universo, pois agora sabe-se que nos seus primeiros tempos as galáxias alimentavam-se umas das outras. Ou seja, eram canibais.
Através do projecto MASSIV, uma equipa de cientistas ligada ao Observatório Europeu do Sul (ESO) olhou para um momento mais inicial do universo, onde as galáxias adolescentes eram um berço efervescente de estrelas.
“Os resultados obtidos da análise mostraram uma nova perspectiva sobre os processos importantes na formação das galáxias do universo jovem”, explicou ao PÚBLICO Thierry Contini, do Instituto de Investigação em Astrofísica e Planetologia, em Toulouse, na França.
Quando os ratinhos, que têm naturalmente muito medo dos felinos, têm cistos no cérebro devido a uma infecção crónica pelo parasita Toxoplasma gondii, começam a andar mais depressa e durante mais tempo… e o medo de serem caçados diminui. Este autêntico jogo do gato e do rato virado do avesso – e cujos cordelinhos são literalmente puxados por um microorganismo – foi agora revelado por Cristina Afonso e Vítor Paixão, da Fundação Champalimaud, e foi nesta quarta-feira à noite publicado online na revista de livre acesso PLoS ONE.
O Toxoplasma é um protozoário capaz de infectar todos os mamíferos, mas cujo hospedeiro final são os felinos, onde se reproduz de forma sexuada (nos roedores, hospedeiros intermédios, reproduz-se por clonagem). Ora, se os ratinhos se tornarem mais aventureiros, os gatos apanham-nos mais facilmente, aumentando as chances de o parasita conseguir infectar o seu hospedeiro final.
O parque icnológico de Penha Garcia, em Idanha-a-Nova, é uma jazida fossilífera única em todo o mundo. Nesta jazida é possível observar, em excelente estado de conservação, pistas de trilobites. As trilobites foram artrópodes marinhos e encontram-se extintas há cerca 250 milhões de anos.
Em baixo sugere-se a observação de um filme sobre este parque icnológico.
Pode encontrar mais informações aqui. Este artigo, editado pela Associação Portuguesa de Geólogos e da autoria de Carlos Neto de Carvalho, poderá ser um importante auxiliar no desenvolvimento de uma visita de estudo a este magnífico local de interesse geológico.
Os 40.000 turistas e cientistas que estiveram na Antárctida em 2007 levaram consigo, e sem o saberem, sementes de plantas exóticas invasoras, ameaçando um dos ecossistemas mais intocados do planeta, revela um estudo científico.
“Quisemos avaliar os riscos para a Antárctida como um todo, descobrindo que espécies estão a ser levadas para lá, de onde são originárias e quais os locais onde mais provavelmente se vão fixar”, disse o coordenador do estudo internacional, Steven Chown, da Universidade Stellenbosch, na África do Sul.
O estudo, publicado na segunda-feira na revista Proceedings of the National Academy of Science (PNAS), revela que foram inquiridas 5600 pessoas, sobre os seus locais de origem e trajectos de viagem, de um total de 33.000 turistas e 7000 cientistas que estiveram na Antárctida em 2007.
As emissões de dióxido de carbono estão a elevar a acidez dos mares e oceanos a um ritmo sem precedentes desde há 300 milhões de anos, que, a manter-se, impedirá a vida marinha em poucas décadas, revela um estudo.
A investigação, que a revista científica Science publica na sexta-feira, refere que a química marinha sofreu “profundas alterações” nos últimos 300 milhões de anos, embora nenhuma “tão rápida, grande e global” como a de hoje.
A acidez marinha produz-se à medida que o dióxido de carbono emitido pela atividade humana – originada fundamentalmente pela queima de combustíveis fósseis – é absorvido pelos mares e oceanos.